Se tem sido relativamente
pacífico o entendimento de que a ação educativa deve combinar o conhecimento
universal com a cultura e as especificidades nacionais e locais, na atualidade,
o processo de internacionalização da educação e do currículo segundo
perspetivas hegemónicas tende a pôr em causa este desiderato e a relegar para o
segundo plano o contributo das epistemologias
do sul na promoção do património universal do conhecimento. No entanto, é
possível contrariar-se a lógica dominante na agenda global mediante a promoção
de lógicas de colaboração solidária no campo da educação e a assunção de um
maior protagonismo dos estados nacionais, das escolas e dos professores.

Bartoplomeu L. Varela
Universidade de Cabo Verde