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"A missão de educar": uma aposta na qualidade da educação!

Editorial 1. Neste blog, "A missão de educar", que tem por objecto a abordagem de questões educacionais, pode apreciar trabalhos da minha autoria e de outros autores. Além do seu eventual interesse académico ou didáctico, os textos aqui publicados pretendem contribuir para a reflexão e o aprofundamento de questões com que se defrontam os sistemas educativos, em geral, e o cabo-verdiano, em particular, tendo em vista a procura de subsídios para o aprimoramento das políticas e práxis educativas. Este propósito traduz o meu entendimento de que a aposta na qualidade ou na excelência da educação é de grande alcance estratégico, posto que é, seguramente, através da educação e da formação que o país (a Humanidade, em geral) logrará construir, de forma sustentável, o seu progresso e bem-estar. 2. Caso lhe interessar, é igualmente convidado a visitar os meus blogs  Excelência Educativa em Cabo Verde ( http://www.excelenciaeducativa.blogs.sapo.cv/ ), que retoma postagens da minha a

A relevância da nova Lei de Bases do Sistema Educativo cabo-verdiano ... e o paradoxo da sua quase "clandestina" entrada em vigor!

Decorridas quase duas décadas desde a publicação da Lei de Bases do Sistema Educativo cabo-verdiano (Lei n° 103/III/90 de 29 de Dezembro) e ultrapassada uma década da primeira revisão da mesma lei (Lei nº 113/V/99, de 18 de Outubro), que incidiu particularmente no subsistema de ensino superior, as profundas mudanças ocorridas no cenário educacional, quer a nível do país, quer no plano internacional, há muito exigiam que se procedesse a uma série de reformas e ajustamentos à denominada “lei-mãe” da educação, posto que detentora de uma hierarquia imediatamente inferior à Constituição. Efectivamente, e não obstante a insatisfação relativa da sociedade em relação à qualidade da educação (insatisfação que é, aliás, um fenómeno mundial, parecendo traduzir, em boa medida, a aspiração da humanidade a progressos cada vez maiores), a democratização do acesso ao ensino básico de seis anos, o crescimento exponencial do ensino secundário, cuja população escolar tende a coincidir com a dos alunos

Promover o acesso ao conhecimento poderoso – é para o que servem as escolas!

Considero que não faz mal a ninguém uma certa dose de humildade, sobretudo quando se trata de proclamar a verdade sobre as coisas, os factos e as ideias orientadoras dos actos humanos. Assim, admiro a postura de Platão que, segundo Sócrates, sempre dizia que sua sabedoria era limitada à sua própria ignorância, afirmando: "Só sei que nada sei" (in Platão, "Apologia de Sócrates"). No entanto, não sou apologista extremo do relativismo do conhecimento, a ponto de negar a existência de qualquer conhecimento verdadeiro, como alegam os pós-modernistas radicais. Concordo, então, plenamente com os que, como Michael Yung, defendem que, num dado contexto histórico, é possível, com o contributo da Ciência, chegar-se à objectividade do conhecimento, isto é, ao conhecimento verdadeiro, ou ainda ao chamado “conhecimento poderoso”, que, indo além do conhecimento de senso comum, do quotidiano ou contextual, permite aos indivíduos compreender, transformar e agir sobre a realidade, re